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Ministério do meio Ambiente inicia construção de Estratégia Nacional de Resíduos Orgânicos Urbanos
O MMA iniciou a construção da Estratégia Nacional de Resíduos Orgânicos Urbanos, que busca prevenir o desperdício alimentar, fomentar a compostagem e promover a reciclagem de resíduos orgânicos. A iniciativa permitirá a redução das emissões de metano, a ampliação do índice de reciclagem e a produção de fertilizantes naturais.
Publicado em 24/04/2024
https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/noticias/mma-inicia-construcao-da-estrategia-nacional-de-residuos-organicos-urbanos
Ministério do meio Ambiente inicia construção de Estratégia Nacional de Resíduos Orgânicos Urbanos
A Estratégia Nacional irá acelerar a eliminação dos lixões, ampliar o potencial de reaproveitamento dos resíduos e incentivar a agricultura urbana e as práticas agroecológicas. Apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pelo Instituto Pólis, a iniciativa criará uma agenda comum para diversos setores do país e promoverá a valorização dos resíduos orgânicos.
Um dos objetivos da estratégia é aumentar o potencial para reaproveitamento no Brasil: segundo informações mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, apenas 2% dos resíduos sólidos urbanos coletados (que representam cerca de 64 milhões de toneladas) foram encaminhados para a reciclagem em 2022, incluindo materiais secos recicláveis e orgânicos compostáveis.
Dados do Plano Nacional de Resíduos Sólidos mostram que aproximadamente 45% dos resíduos sólidos urbanos são orgânicos, predominantemente restos de alimentos e resíduos de jardinagem. Sua disposição inadequada em aterros sanitários e lixões é a segunda maior fonte de emissões de metano no país, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).
O Brasil é o quinto maior emissor global de metano, com potencial de efeito estufa 82,5 vezes maior que o do gás carbônico em um período de 20 anos. O país foi um dos mais de 155 signatários do "Compromisso Global do Metano", pacto assinado na COP26, em 2021, para reduzir 30% das emissões de metano até 2030 em relação aos níveis de 2020.
“Diversos países já possuem ou estão construindo estratégias similares para resíduos, como África do Sul, Chile, Argentina, Estados Unidos, Austrália, Uruguai e Peru", afirmou o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf. "A construção de uma estratégia nacional para prevenir e lidar com os resíduos orgânicos urbanos é essencial para subsidiar e orientar a tomada de decisão, sobretudo dos gestores municipais, para o desenvolvimento de iniciativas que desviem os resíduos das unidades de disposição final, como os aterros sanitários e lixões."
Prevenção de desperdício
A prevenção da geração de resíduos será prioridade na estratégia, com objetivo de combater a fome e reduzir o desperdício de alimentos, além de evitar as emissões de gases do efeito estufa e os custos de gerenciamento de resíduos. O Índice de Desperdício de Alimentos 2024 do Pnuma aponta que mais de 1 bilhão de refeições por dia foram desperdiçadas em residências no mundo em 2022.
Segundo o mesmo levantamento, 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar.
Nas casas brasileiras, a estimativa é que 94 quilos de alimento per capita sejam desperdiçados por ano no consumo doméstico. O dado é resultado de estudo piloto realizado no ano passado em cinco regiões distintas do Rio de Janeiro.
"Prevenir o desperdício alimentar pode impulsionar o combate à insegurança alimentar e às mudanças climáticas, que são dois temas-chave liderados pelo Brasil no âmbito do G20. Esse duplo foco não apenas alivia a pressão sobre nossos sistemas alimentares, mas também endereça duas das questões mais críticas da nossa época: garantir que alimentos nutritivos cheguem àqueles que mais precisam e mitigar o aquecimento global", destaca o representante do Pnuma no Brasil, Alberto Pacheco Capella.

Compostagem e encerramento de lixões
A compostagem, afirmou Victor Argentino Vieira, coordenador de projetos de Resíduos Sólidos do Instituto Pólis, é uma alternativa "viável e flexível" para ajudar na resolução de parte do problema, como o encerramento de quase 2,5 mil lixões ainda existentes no país.
"A compostagem, juntamente com a prevenção do desperdício alimentar, são as alternativas de gerenciamento de resíduos mais baratas depois do aterro sanitário", disse Vieira. "A aplicabilidade da compostagem em diversas escalas, da doméstica a industrial, é objetivamente justificada no contexto brasileiro, visto que cerca de 70% dos municípios possuem menos de 20 mil habitantes, e 90% menos de 50 mil, o que inviabiliza economicamente o uso de tecnologias que dependam de um grande fluxo de resíduos para ter sustentabilidade operacional-econômica”, completou.

Inclusão social
Outro foco da estratégia será o uso de tecnologia para promover a inclusão social, o desenvolvimento local e a adoção de práticas agroecológicas em diversas cidades pelo Brasil. Haverá integração de organizações de catadoras e catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis na prestação de serviços de coleta seletiva de resíduos orgânicos ou operação de pátios de compostagem, assim como na venda do composto orgânico produzido.
De acordo com estudo do Instituto Pólis em parceria com o MMA, os sistemas de compostagem geram de 3,5 a 11 vezes mais empregos do que o aterramento sanitário por tonelada. Isso indica potencial de geração de empregos e renda com a implementação desta estratégia nacionalmente.
Outra pesquisa apontou que São Paulo poderia zerar suas emissões de gases de efeito estufa se adotasse programas de reciclagem mais robustos. O relatório afirma ainda que a cidade teria a capacidade de gerar 36 mil empregos se desviasse 80% de seus resíduos sólidos urbanos para iniciativas de reciclagem ​​e compostagem.
“A compostagem é uma fonte de renda, uma forma de enxergar que o resíduo que você gera também traz coisas positivas para os catadores e o meio ambiente", afirmou a catadora Edinéia Rodrigues dos Santos, da VerdeCoop, no estudo do Instituto Pólis com o MMA.
Assessoria de Comunicação do MMA
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(61) 2028-1227/1051
Categoria
Meio Ambiente e Clima
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Semana UERJ de Meio Ambiente
Data: 4 a 6 de junho.
Local: Capela Ecumênica, Campus Maracanã UERJ. Evento presencial e gratuito. Inscrições no local do evento. Ver programação em: https://www.facebook.com/
share/p/2rh2GSGHyt2YvZyP
/?mibextid=oFDknk
Para assistir online onde o Projeto Cogere esteve presente ver:
dia 4 de junho de 2024: https://www.youtube.com/watch?v=k80optC32GM (a partir de 1:10 h inicia a nossa apresentação no evento)
Dia 5 de junho de 2024: https://www.youtube.com/watch?v=DBSx7R6heCc
Semana UERJ de Meio Ambiente
Nota: todas as outras mesas que abordaram diversos temas podem se assistidas no canal do youtube:
https://www.google.com/search?q=youtube+semana+uerj+de+meio+ambiente&sca_esv=a835f771045fe61e&sca_upv=1&tbm=vid&sxsrf=ADLYWIIVFZdPShBbRc-t8hGP1MvQFspHqw:1721222395407&ei=-8SXZtnIGMvL1sQP8_yy8As&start=10&sa=N&ved=2ahUKEwiZstSLla6HAxXLpZUCHXO-DL4Q8tMDegQIBRAE&biw=1280&bih=604&dpr=1

Congresso Internacional de Educação Ambiental em 2025
Brasil vai abrigar em 2025 o VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa e Galícia. A candidatura foi aprovada por aclamação durante o VII congresso, realizado neste mês em Maputo, Moçambique.
Publicado em 28/07/2023 Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Ver: https://www.gov.br/mma/pt-br/brasil-sera-sede-de-congresso-internacional-de-educacao-ambiental-em-2025

Congresso Internacional de Educação Ambiental em 2025
O anúncio simboliza a retomada das políticas de educação ambiental no Brasil, após quatro anos de desmonte. O país levou uma das maiores delegações para Moçambique. Além do governo federal, participaram do encontro representantes de redes de educação ambiental, universidades, organizações não-governamentais e movimentos sociais, entre outros. O congresso reuniu cerca de mil pessoas dos nove países de língua portuguesa.Sob o tema "Educação Ambiental: a chave para a Sustentabilidade", houve mesas de diálogos, painéis, oficinas, minicursos, visitas técnicas e atividades culturais. O congresso teve a participação do presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que destacou os desafios enfrentados pelo país com efeitos climáticos extremos, ressaltando a importância de ações de educação ambiental.
Representantes do MMA, do Ministério da Educação (MEC) e da Agência Nacional de Águas (ANA) participaram de reuniões bilaterais e multilaterais para tratar de parcerias nas áreas de pós-graduação, pesquisa e unidades de conservação, entre outras.
Em reunião com a ministra da Terra e Ambiente de Moçambique, Ivete Maibaze, os dois trataram da formalização de uma cooperação bilateral nas áreas de educação ambiental, formação e intercâmbio técnico, Unidades de Conservação e outras áreas protegidas, reciclagem, resíduos sólidos e trabalho de catadoras e catadores.
“Foram dias de partilha, aprendizados e apresentação de propostas, iniciativas, pesquisas, compromissos e sugestões vindas de vários trabalhos, de possibilidades de construção de novos valores e bases culturais, com vistas à promoção de sociedades sustentáveis, em sintonia com o contexto cultural, político e social dos países lusófonos”, disse o diretor de Educação Ambiental e Cidadania do MMA, Marcos Sorrentino, destacando a emergência climática atual. “Para além de uma crise ambiental, é uma crise civilizatória.”
Ele foi ao congresso acompanhado da coordenadora-geral de Educação Ambiental e Cidadania, Thais Ferraresi Pereira. Os representantes do MMA, do MEC e da ANA foram recebidos pelo embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra da Cruz Junior.
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